segunda-feira, 9 de junho de 2008

Doença do consumismo

O Instituto Worlwatch inclui a obesidade como "doença do consumismo". "O mundo consome produtos e serviços a um ritmo insustentável, com resultados graves para o bem-estar dos povos e o planeta", e agrega que mais de 1,7 bilhão de pessoas ingressaram durante grande parte do século passado à "classe consumista" e adotaram dietas, sistemas de transporte e estilos de vida até agora limitados a Europa, América do Norte e Japão.

Christopher Flavin, presidente do Worlwatch Institute, afirmou durante a apresentação do relatório, que "o aumento do consumo ajudou a atender necessidades básicas e a criar fontes de emprego. Mas neste século, o apetite consumidor sem precedentes destrói os sistemas naturais dos que todos dependemos e faz ainda mais difícil do que os mais desfavorecidos satisfaçam suas necessidades básicas", adicionou.

Flavin afirmou que os maiores índices de obesidade e dívida pessoal, escassez crônica de tempo e degradação ambiental são sintomas de um consumo excessivo que reduz a qualidade de vida para muita gente.

Reflexão sobre o tema

Uma das principais causas de ansiedade da sociedade atual, chamada de “pós-moderna”, é a pressão do consumismo. Somos induzidos a todo tempo e de várias formas a consumirmos mais e mais. Por vezes, coisas legítimas nos são oferecidas para consumo, o problema está na uma inversão de valores. Aquilo que é secundário passa a assumir condição de prioritário, imprescindível e urgente. Bem sabemos que nem tudo o que é importante é urgente. A “tirania do consumismo” não é privilégio da era atual, mas hoje com certeza sua pressão é muito mais forte. Precisamos refletir sobre o consumismo em nossas vidas. Eis duas lições ou dicas muito importantes para nossa reflexão sobre o tema: 1 – aprender a não se deixar dominar pelo consumismo; 2 – ter boa qualidade de vida está diretamente relacionado ao trabalho, ao planejamento e ao investimento, e não ao consumo. As leis do mercado nos impingem um consumismo desenfreado e sua perversidade compromete a qualidade de vida. O consumismo aponta para um futuro que ainda não existe, com coisas que são legítimas, mas não prioritárias.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Grandes empresas, grande tapeação

O vídeo fala de estratégias sujas usadas por empresas de grandes nomes para atrair um cliente, talvez até para um buraco sem fundo. E o pior disso é que funciona.



Desencantos do consumismo

As crianças aprendem a guardar e gastar dinheiro com os pais. Quem nunca viu uma criança gritando, chorando ou até mesmo berrando em uma loja de brinquedos, querendo um presente especial de aniversário ou talvez até mesmo algo inútil, que não passa de um desejo? Não importa o que ela quer, mas os pais nunca saem de mãos vazias de uma loja, que contem inúmeros brinquedos, com seus filhos. E pense bem, não é uma criança ou duas que aparecem todos os dias acompanhadas de um responsável, são várias, várias todos os dias do ano, sim, todos os 365. Considerando 2 bilhões de crianças no mundo, sendo que 600 milhões vivem em condições precárias e não podem ter acesso a brinquedos sobram 1,4 bilhão de crianças, que consomem, em média 3 a 5 brinquedos por ano. Porém crianças crescem, amadurecem e acabam se desfazendo dos brinquedos antigos, talvez porque soltou um olho ou um pequeno rasgado não permite mais que faça o “barulhinho” de antes, enfim, para onde vai todos esses brinquedos descartados? Menos de 20% é doado, o resto vai direto para o lixo. Tonelada sobre tonelada, os brinquedos que faziam rir agora destroem o meio ambiente.

É por esse e outros motivos que temos que nos preocupar em gastar com sabedoria o dinheiro que conseguimos ganhar com tanto esforço. A sabedoria popular nos diz que dinheiro não dá em árvore e as fábulas reiteram que não podemos esquecer do “inverno”... O caso dos filhos recebe destaque porque eles tem uma tendência de consumir a mesma quantidade ou até mais que seus pais consomem hoje. Até pouco tempo atrás não era comum que as pessoas comessem tanto fora de suas casas. Isso aumenta consideravelmente os gastos, que são desnecessários, e extrai o prazer que esses compromissos têm em nossas vidas. Temos que programar nossos gastos para que no final não tenhamos contas “salgadas” demais para pagar e também para que consigamos realizar alguns de nossos projetos e sonhos de vida ao invés de nos contentarmos com pequenas coisas, objetos supérfluos.

Vídeo: A sociedade de consumo

É um vídeo realmente chocante, que mostra a desigualdade do consumo. Enquanto muitos consomem pouco (talvez até não atinjam o necessário para sobreviver) poucos consomem muito, além de mostrar também abusos de várias grandes marcas que se alimentam de nós.


Bichinhos de Jardim



Mais duas tiras de "Bichinhos de Jardim" (clique sobre a imagem para melhor visualização).

A primeira, apesar da simplicidade, não mostra algo muito além da realidade (além de insetos falantes). As pessoas compram o que a mídia mostra, que não é nada mais do que desgraças do cotidiano, mostrada na tira como "violência"
.

A segunda tem faz uma referência um pouco mais direta, querendo dizer claramente que consumir é a solução para quando se está tristo ou abalado.

Tira: "Bichinhos de Jardim"


A tira foi produzida por uma cartoonista e mostra bem como o consumo toma as pessoas, que são "criticadas" por simples insetos.

A tira está comprimida para que a página não fique distorcida, mas para visualizá-la melhor basta clicar em cima dela.

Consequências do consumo exagerado

As consequências são as piores, pois o consumismo sem limites está levando muita gente ao caos financeiro, pois é tão fácil e gostoso comprar e com as facilidades dos cartões de crédito tudo é muito facilitado.

O consumismo é outra característica da sociedade contemporânea que produz impactos preocupantes sobre o ambiente natural e construído. A sociedade capitalista industrial criou o mito do consumo com sinônimo de bem-estar e meta prioritária do processo civilatório. A ânsia de adquirir e acumular bens deixa de ser um meio para a realização do bem-estar, tornando-se um fim em si mesmo, o símbolo da felicidade capitalista.

A publicidade nos cerca de todos os lados - na TV, nas ruas, nas revistas e jornais- força-nos a ser mais consumidores que cidadãos. Hoje, tudo se reduz a uma questão de marketing. Não tem a menor importância se uma boa máquina publicitária for capaz de tornar a sua marca bem aceita entre os consumidores.

O consumismo em poucas palavras

Consumismo é o ato de comprar produtos e/ou serviços sem necessidade e consciência. É compulsivo, descontrolado e que se deixa influenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos e serviços. É também uma característica do capitalismo e da sociedade moderna rotulada como “a sociedade de consumo”.

Diferencia-se em grande escala do consumidor, pois este
compra produtos e serviços necessários para sua vida enquanto o consumista compra muito além daquilo de que precisa.

O consumismo tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas onde juntas levam as pessoas a gastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir a indiferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa auto-estima, a perturbação emocional e outros.

Além de conseqüências ruins ao consumista que são processos de alienação, exploração no trabalho, a multiplicação de supérfluos (que contribuem para o processo de degradação das relações sociais e entre sociedades) e a oneomania (que é um distúrbio caracterizado pela compulsão de gastar
dinheiro que é mais comum nas mulheres tomando uma proporção de quatro por um), o meio ambiente também sofre com este “mal do século”, pois o aumento desenfreado do consumo incentiva o desperdício e a grande quantidade de lixo.