terça-feira, 3 de junho de 2008

Desencantos do consumismo

As crianças aprendem a guardar e gastar dinheiro com os pais. Quem nunca viu uma criança gritando, chorando ou até mesmo berrando em uma loja de brinquedos, querendo um presente especial de aniversário ou talvez até mesmo algo inútil, que não passa de um desejo? Não importa o que ela quer, mas os pais nunca saem de mãos vazias de uma loja, que contem inúmeros brinquedos, com seus filhos. E pense bem, não é uma criança ou duas que aparecem todos os dias acompanhadas de um responsável, são várias, várias todos os dias do ano, sim, todos os 365. Considerando 2 bilhões de crianças no mundo, sendo que 600 milhões vivem em condições precárias e não podem ter acesso a brinquedos sobram 1,4 bilhão de crianças, que consomem, em média 3 a 5 brinquedos por ano. Porém crianças crescem, amadurecem e acabam se desfazendo dos brinquedos antigos, talvez porque soltou um olho ou um pequeno rasgado não permite mais que faça o “barulhinho” de antes, enfim, para onde vai todos esses brinquedos descartados? Menos de 20% é doado, o resto vai direto para o lixo. Tonelada sobre tonelada, os brinquedos que faziam rir agora destroem o meio ambiente.

É por esse e outros motivos que temos que nos preocupar em gastar com sabedoria o dinheiro que conseguimos ganhar com tanto esforço. A sabedoria popular nos diz que dinheiro não dá em árvore e as fábulas reiteram que não podemos esquecer do “inverno”... O caso dos filhos recebe destaque porque eles tem uma tendência de consumir a mesma quantidade ou até mais que seus pais consomem hoje. Até pouco tempo atrás não era comum que as pessoas comessem tanto fora de suas casas. Isso aumenta consideravelmente os gastos, que são desnecessários, e extrai o prazer que esses compromissos têm em nossas vidas. Temos que programar nossos gastos para que no final não tenhamos contas “salgadas” demais para pagar e também para que consigamos realizar alguns de nossos projetos e sonhos de vida ao invés de nos contentarmos com pequenas coisas, objetos supérfluos.

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